The Cult: a imagem que prevalece no fundo do palco é um índio, apesar de serem uma banda inglesa, a iconografia relacionada com o seu álbum Love de 1985, é o universo dos índios americanos, que irão apresentar na íntegra. O Coliseu de Lisboa encontra-se repleto de t-shirts pretas, góticos, botas de tropa, ou, de plataforma, adolescentes, e quarentonas. Esta banda faz parte de um imaginário libertário, que através da conjugação das guitarras e de uma forte secção rítmica, expressam “Nirvana”. Ian Asturby já não é magro e com cabelos até à cintura, está gordo e com os cabelos encaracolados, e perdeu a voz límpida de barítono. Está alheio ao facto de que estão trinta graus, o casaco de cabedal, o cachecol, e as luvas que seguram uma pandeireta, levam-nos a julgar que ainda crê que está nos Estados Unidos, onde decorreu a primeira parte da digressão Love Live. “These way “, “Nirvanaaa”, atira a pandeireta para o público. “Only you baby”, “only you baby”, “think a solution”, “yeah, yeah, yeah”, “baby, baby, baby”, com o solo de Billy Duffy, a completar, “Big Neon Glitter”. “Thank you for coming tonight”. “Love” é apresentado de forma irrepreensível, com uma voz insidiosa e o riff da guitarra percorre a canção, quando Ian se cala, a guitarra de Duffy liberta-se num solo majestoso. “Brother Wolf, sister Moon”, é um slow épico em que o amor entre o lobo e a lua é um conto de fadas negro, e o uivar é de Ian: “sister Moon”, “help me”, “sister Moon”, “OOOOO”. A chuva cai sobre o deserto onde crescem escorpiões que se reviram e espetam o seu veneno que intoxica quem se atrever a enfrentá-los: “Here comes the rain”, “I Have been waiting for her, for so long”, “yes, it comes again”, “I love the rain”, “Yes, it comes again”, “I love the rain”, solo da guitarra de Duffy. “The Phonenix” é uma sequência de acordes de wah wah, em que a voz é um mero elemento decorativo, sem grande presença na canção. “Do you now Cristi Ronaldo? He sucks!”, é Ian Asturby a provocar os portugueses, que não reagem, ficam inertes, confusos. Despe o cachecol, “away”, “get away”, pausa, “hollow man”, “every day”, solo, “yeah”, “yeah”, “yeah”. Os índios foram devastados pelas doenças dos europeus, pelo alcoolismo, pela tecnologia das armas, roubaram-lhes a cultura, roubaram-lhes a alma: “Flowers”, solo, “There`s a revolution”, “revolutuion”, “revolution”, “revolution”. No ecrã que se encontra atrás dos músicos surgem imagens da queda do muro de Berlim e do Maio de 68, “There`s a Revolution”, “revolution”, “revolution”, “revolution”, “revolution”, “revolution”, com solo de Duffy a finalizar. “Sanctuary”, e, “Black Angel”: “now he thinks he `s at home”, “Where to go?”, Ian ajoelha-se: “Goodbye!”. E encerram a sequência do álbum Love. “Electric Ocean” é uma mistura de hard-rock que provoca que as ondas produzam curto-circuitos, com Ian de pandeireta e Billy, a fazer solos, a levantar o braço direito, a empunhar o indicador como se estivesse a liderar a catarse do público, “EEEElectric”. “I love you every hour”, “Wildflower”, com solo compassado, “I love you every hour”, “Wildflower”. “These `s our first concert for the European tour, thank you so much for coming!”. A apoteose final é apresentada através de “Firewoman”, “common litlle sister”, “Fire”, solo, “baby”, “baby”, Firrereerwomanna”.
Love Live, The Cult, Coliseu, 25 de Setembro.
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