terça-feira, 17 de julho de 2012


Blackmailers Don't Shoot

O calor sua os corpos andantes em direcção ao espaço ao ar livre junto ao Tejo: Optimus Alive 12. Ouve-se música vinda do cimo de um palanque sob o qual passo, no controle sou revistado e não tenho nada a declarar: Tenho todas as substâncias químicas escondidas na meia e a máquina fotográfica instalada abaixo do umbigo, não magoa, apenas incomoda. As canetas estarão prontas para serem espetadas na garganta de um polícia? A agressividade dos Parkinsons é debitada no palco Heineken: “Vamos abanar o cu caralho!”. “Ou é só para o futebol?!?”. “Somos punks mas também somos românticos!”. A voz é grave e pertence a Afonso Pinto de tronco nu tatuado, calças pretas, cinto de metal. À sua direita Victor Torpedo de guitarra em punho, olha para o público parado ou sentado constituído por adolescentes bronzeados, vestidos de cores alegres. Não ouvem a guitarra a deflagrar do Torpedo? “Se calhar lembram-se?”. Na bateria Kalo, desfere uma pulsão continua que encontra correspondente à altura em Pedro Chau. “Caralho!”. “Hey! Jimmy!”. Respondo-lhe com a máquina fotográfica no ar e com um sorriso. A última canção é “Alone”, que é devidamente apresentada através da guitarra de Victor Torpedo, que a coloca à sua frente como se estivesse a esmurrar uma mulher, e quando lhe puxa as cordas ela gane, e se lhe arranca os cabelos ela grita, e quando a encontra bêbada na cama: viola-a. Afonso Pinto encontra-se no meio do público e Victor Torpedo desce ao fosso onde coloca a guitarra no nível de visão dos adolescentes, pronta a disparar. A intimidação é algo latente nos Parkinsons: Se não estás connosco estarás contra nós? Liga-te a Parkinsons e consome-os às escondidas dos pais, somente assim farão sentido, caso contrário inscreve-te nos escuteiros e compra Durex. No palco principal está Danko Jones, com a sua distorção constante, é hard rock para pubs frequentados por turistas de terceira idade à procura de uma jovem para ejacular-lhe nas tetas. A fuga tem que ser realizada de ouvidos tapados, para que não haja possibilidade de ser vítima de efeitos secundários perniciosos. O sol foi encoberto por nuvens cinzentas, o calor está consideravelmente mais ameno. No palco Heineken estão a tocar as Dum Dum Dum Girls, vestidas de namoradas dos Beatles, e a música é precisamente uma revisitação aos anos 60, o ritmo é semelhante de canção para canção, o que transmite tédio. O tempo passa devagar, assim como as adolescentes à minha volta, perfumadas de framboesa e de chocolate, vestem trapos que as despem e fumam cigarros como se fossem charros. Miuda, tem rosto e corpo em Mel, de calções zebra, blusa cor de laranja. A primeira canção aparenta ter origem em harmonias com origem numa igreja, Mel canta mas a sua voz é omissa. Quando inserem o ritmo, Mel abana as ancas e levanta os braços e os adolescentes deliram com a sua silhueta. Miuda: “Durmo com Quero”, é a música pop que é reconhecida pela multidão, que levam a Mel para casa como companheira em sonhos húmidos. Ouvem-se repetidas descarga de histeria, e ainda não subiu ninguém ao palco, estão apenas a substituir o backline de Miuda. LMFAO fazem-se anteceder por uma intro que não se sobrepõe à histeria, surge uma trupe de mascarados saídos de um ginásio de subúrbio americano, dançam e aparentemente quem canta é o auto tunes, mas isso pouco importa? Se a histeria é contínua e contagiante e as letras estão tão decoradas quanto o teste de inglês do Nono Ano. No palco Optimus: “I Wanna Be Adore” é a primeira canção The Stone Roses: com Mani, John Squire, Reni e Ian Brown. Este revela durante o concerto inúmeras fraquezas a nível oral, mas não será isto rock and rol? Mas com um groove proporcionado por uma secção rítmica que transmite a essência da soma de elementos: um beat--apoiado no uso dos pratos e um duplo bombo-- contínuo como se fosse um sampler, que proporciona a hipnose, é aí que reside a loucura The Stone Roses. O terceiro génio é Squire, que proporciona um tratado de solos que por vezes correspondiam a progressões que incendiavam as canções. Ian Brown mexe-se lentamente com umas maracas como se estivesse a tentar expurgar-nos dos pecados. A chuva é minúscula mas pinga como se fosse Ecstasy, Ian Brown desloca-se para o interior do fosso e oferece o instrumento a uma fã. “Love Spreads”: “The Messiah is my sister”, cantado com a assertividade obrigatória: “Ain't no king, man, she's my queen”. “Let me put you in the picture”.

As pessoas deslocam-se devagar entre os palcos Clubing e Heineken. Neste ultimo os portugueses estão a delirar com a pop Awonation, que nada acrescentam à história da música popular. A noite quente esconde os corpos que se vestiram para visitar o Alive 12, para seduzir as máquinas fotográficas instaladas em Iphones e coloca-las no Facebook através do Instagram. Os substitutos de Florence + Machine são os inoportunos Morcheeba, um número que nunca conseguiu passar da métrica soft-trip-pop, a Sky é o elemento que se destaca pela simpatia e por ser detentora de uma voz soul adocicada, ideal para ouvir no Ipod antes de se declarar apaixonada por uma mulher polícia. Robert Smith, é um homem gordo vestido de preto e com maquilhagem a manchar-lhe o rosto. The Cure são o seu espelho onde se reflectem diversas vertentes: o meio tempo que com os sintetizadores ganha uma dinâmica negra como sucede em “Plainsong”. A pop de “Friday I`m in Love”, que cantada pelo timbre de Robert Smith revela uma alegria contagiante. A(s) depressiva(s): “Lullaby”. Quando Robert Smith coloca a guitarra para trás e levanta os braços, o público delira com a expressão corporal que mimetiza a de um trapo velho a pedir clemencia pela sua condição sub-humana. O guitarrista que acompanha The Cure, executa os solos derivando para um hard-rock tóxico, a partir dos quais jamais conseguiu impor a progressão, já que a secção rítmica nunca o permitiu. Robert Smith pergunta ao público: “Boys don`t cry`?”. “Ok! How doesn`t want ´Boys don`t cry?`”. “ You can leave the area.”.

Tarde intensa de calor, o sol é uma fogueira onde ardem livros de todas as cores, pergunto se há uma saída? Silêncio. No palco Optimus: Paus debitam duas baterias, baixo e teclado, parecem uma conjugação improvável. Os ritmos pesados perpassados pelo baixo e enrolados pelo teclado, resultam numa equação digna de uma locomotiva em chamas. “Debaixo da roupa vocês estão nus!”, se Paus desejam actuar num festival de nudistas não seria óbvio endereçar a ideia a Alvaro Covões? The Cooks, revelam-se um agrupamento pop-british, congregando inúmeras influencias mas não sabendo a partir das mesmas criar algo original, redundando na constante citação. Quando Caribou começam a pôr a dançar as pessoas, o sol está atrás do palco, o lusco-fusco gradualmente impõe a noite. Caribou é uma máquina pop-electro-funk, este último elemento expande os sons electrónicos por vezes tropicais outras africanos. Nada mais apropriado para instalar uma contínua despreocupação, mas sem relaxarem as pessoas, mantendo-as atentas ao compasso festivaleiro. Quando Radiohead se apresentam é-lhes desferida uma ovação histérica. As músicas usam um sampler sobre os quais os músicos tocam, os écrans atrás da bateria revelam os rostos Radiohead em constante difusão/movimento, invariavelmente sob um fundo azul. Se as primeiras canções ainda são suportáveis, as posteriores não projectam nada de novo. Já o uso dos ecrãs, algo que os U2 utilizaram em “Zooropa” como crítica à globalização, e desta forma obrigar o público a olhar para o vazio onde se encontrava. Radiohead manipulam-no para alienar os presentes: para que não se questionam o porque desta “nova” etapa? Kraftwerk + Brian Eno+ Pink Floyd+ U2 são os nomes que estão na nova fonte das obras: “Kid A”, “Amnenisiac”. Quando se aproximam do “OK Computer”, o mundo de Tom Yorke apresenta-se através da incapacidade de comunicar com o outro, é essa substância que não encontra retorno na constante debitação de fontes sonoras sintéticas e onde o homem é apenas um robot. No palco Heineken está instalado o tumulto e os responsáveis são The Kills, um duo (acompanhados por uma bateria): ele na guitarra, ela a vociferar para o microfone a tortura que o amor promove quando se instala a frustração na vida de um casal. Alison Mosshart tem um sex appeal que é macho e fêmea, a sua voz grave é doentiamente angustiante, repleta de rebeldia e de vertigem. Jamie Hence desfere acordes circulares ou angulares e os solos são uma resposta às deambulações da sua interlocutora. Metronomy, correspondem a uma mistura de Talking Heads, o uso de ritmos tribais, são disso exemplo; e Chic, o baixo domina através do funk invariavelmente quase todas as canções, e por fim o disco sound é usado apenas como elemento decorativo. O público dança, aplaude, grita. “Hey! Tell me how it was the festival untill now? When they told us that We were going to play at tree… I thought´ their`s not going to be their nobody!`”.

Optimus Alive 12, 13-14-15 de Julho @ Oeiras

domingo, 1 de julho de 2012

Home of Echoes

“Oh! Porto!”. palmas, guitarra, bateria e baixo estabelecem a progressão, a guitarra grave sobressai. “I feel”. “I feel”. Quando a métrica da bateria estabelece o 2x2, surge a vulgaridade, “Just killing people”, “say”, surgem breaks que lhe alteram a dinâmica, “OOO”, “going down”, pausa, “down”, alteram a frequência sónica, que aligeira as cores negras que começavam a pairar sobre “Storm”: “People flowers in the head”, “People flowers in the head”. Palmas. “Obrigado! Portugal!”. Guitarra sob uma bateria alta, “If I say”, o baixo injecta-lhe de hipnose, o ego e o super ego lutam para dominarem o Super Homem. A guitarra de Will Sergeant contorna a canção com a semi-distorção que a impregna de uma pop doentiamente doce e amarga, ocre e escuro, grotesco e o belo. “Loosing my touch”. “Anyway”. O solo da guitarra de Sergeant recorre ao delay iluminando-a com uma segunda alma, “tonight”, “(solo de Seargent) rescue”, 2x2. “Can you tell?”. “Song”. “Don´t know what I want”: “Kisses them I want”. “Rescue”. “Rescue”. “Rescue”.“Rescue me”.“Rescue me” , solo pontual de Will Sergeant. “I forgot just why I brocke my neck”. O blues é infecto contagioso, “Why falling?” . “I`m singing”, a progressão com origem na secção rítmica é delirante: “Is just the blues I`m singing?”. Palmas. “Thank you”. O sintetizador promove um efeito de acordes que reportam para um quarto de um bebé que adormece gradualmente imerso em sonhos que se transferem do inconsciente para o consciente. Surge a cadência rítmica 2x2, e a ironia: “'Astonishing weather”. “Why can I be like anyone?”. “Wheather”, o baixo aproxima-a da pop, “Skies above”, “some skies”, “need it more”, “skies above”. Breaks da bateria e solo da guitarra eléctrica de Will Sergeant . A ironia: "Astonishing wheather”, “Now”. Echo and the Bunnyman alimentam “Villiers Terrace” através de arranjos neo-kitsh: “love her more than life”, “you got it”, “ (solo de teclado) you meant it”, baixo. A ironia: “Astoninshing weather.”. Palmas. “Thank you! You are a incredible crowd!” Guitarra semi-distorcida de Sergeant , a bateria alta e rápida, pop-punk, “all I need”, “and”, “and I`m going?”, “and you are going?”. A penetração na vagina: “I feel loveee?”.“(solo de Will Sergeant) I can feel?”. A métrica que Echo and the Bunnyman impõem é de puro e simples rock and roll, mas a progressão do baixo coloca-a na pop, “never thought”, baixo e a omnipresente questão: “Can I feel it?” . “Why I`m falling?”. Solo repetitivo e circular de Sergeant, a partir do qual a banda enceta uma rápida progressão. Voz grave e tensa de Ian McCulloch: “You”. “You”. A circularidade dos instrumentos ocupam espaços mínimos na métrica e estabelecem uma lógica psicadélica: “You is all I need”. Palmas. “Obrigado!”. Os pratos da bateria são metricamente acompanhados pela guitarra de Will Sergeant. Ian McCulloch : “To see”. “Sound”. O baixo e o teclado emergem-na em tonalidades negras: “ONONON”. “Touch”. “Saw”. “Say”, “(solo do teclado) girls.”. Bombo + voz: palmas: Doors: Ian McCulloch, coloca sobre a cabeça o capucho do seu corta-vento sintético, tem óculos escuros e um cigarro entalado na mão direita, contemporâneo de Ian Curtis. Fuma.“I keep the eyes on the road”. “Road”, “ (solo de Sergeant) time”, “Baby road”, “(solo de Sergeant) Lady”. “Save my city”, a progressão é digna do Rei Lagarto a serpentear pelo deserto com uma garrafa de Ecstasy. Ian McCulloch: “One, two, tree, four”, levanta os braços para à frente e mostra as mãos abertas a perfurar os cérebros, que se despenteiam quando sopra o vento frio de Verão, na Serra do Pilar, Vila Nova de Gaia. A guitarra semi-acustica é vilipendiada pelo baixo: sobre estes a voz fala/canta, imersa num tempo onde predomina um lodaçal de enigmas: “Finger”. “Blue”. “The King is singing”. “Bleading”. “I see”. O baixo é o único elemento que acompanha a voz que narra: “My face”. “Loving fall”. “Feeling”. “Blowing heart”. “Stealing”. Levanta os braços, a bateria surge e revela o canto negro: “ (solo continuo de Sergeant) My face is running”. O baixo predomina, Ian McCulloch: “To see”. “Fall”. “Around”. “See”. “See your face runing”. “My seven seas”. Palmas. “Thank you”. “This next song is ´Bring on the Dancing Horses`”. Sobressai o sintetizador dolente e circular, “jimmy Brown (eco) made of stone”, “Charlie Clown (eco) no way home”. A serenidade na progressão pontuada pelos acordes solares de Will Sergeant: “Bring on the dancing horses”. “The world”, “falls apart”. A ordem: “Fake it!” , “Billy all alone (eco)”. “Singing”. A pop revela-se através da guitarra de Will Sergeant a polvilhar todos os outros instumentos com polén cristalino, “the world”, “we had”, “fall apart”. “Heart”. “Heart”. “(solo de Sergeant) Heart”. “Heart” e a guitarra de Sergeant progide e emoldura continuamente a canção. Baixo + palmas. “Jimmy Brown made of stone”, palmas, bateria, “Bring on the dancing horses”. “Until it fall apart”. Dito tão poético quanto assertivo: “Precious heart”. “Heart”. “Precious Heart”. “Heart”. Solo do Sergeant, “bring on the dancing horses”, “a new Messiah”. Palmas. “Thank you!”, “Think about it! (Sorri)”. O orgão marca a marcha aparentemene funebre, “help me”, “tears (bombo)”, “back to you”. A cadência dos instrumentos respeita criteriosamente o cliché beatleiano, em que os acordes circulares nunca se esvanecem. “Wish you were here”, “home again”, solo de Will Sergeant, “over”, orgão/bateria, “sking” “last try”. 2x2. A overdose: “Wispering: ´I was dead`”, “heart”. A overdose: “Home again”. Solo de Will Sergeant repetitivo. “Wispering”. O convite: “Try”. “Help me”. “Stars”. “City”. “Can you take me back home again?”. O orgão: “La”. “La”. “La”. “La”. “La”. “La”. “La”. “La”.”La”. “Be allright”. “Evrething is going to be allright”. “Zimbo” é marcada pelo solo de bateria que inside sobre os bombos, que acordam a multidão, palmas. Guitarra semi-acustica, “now” , “all my colours”, os breaks dão-lhe dinamismo, solo de continuo de Will Sergeant. Resurge o bombo da bateria: “Heart in pieces”. “Give me”. “Last day”. “Last day”. Solo eléctrico continuo, “down”. “Down”. “Down”. “The Fountain” é uma canção com melodia pop, “I sleep at my house”, sobre o compasso 2x2: “It´s all”, “It`s better”, “I follow the sea”, “free”. Guitarra de Will Sergeant, “forces”, “fall somehow”. “Kisses”. “Yeah”. “Now”. “Now”, Now”. Baixo: “Will be fun”. A bipolaridade: “Life is sad”, “number”, a ordem do narrador: “Call now!”. A pop vagueia entre a tristeza e a alegria nunca redundando em melancolia. “Aleluia”. “Aleluia”. “Aleluia”. Sintetizador e bateria e solo da guitarra de Will Sergeant (solo) a impor-se como o fio condutor de “Never Stop”. “Money shacking”, “come back”, “let me down”. Aumentam o ritmo: “(solo de Seargent) Stop”. “Understand”. “(solo de Sergeant) Skie”. “Stop”. “Found”. Solo de Will Sergeant contínuo e repetitivo e que ganha uma dimensão espacial ao recorrer ao delay: “All”. Delay. “All”. Voz grave seca sedenta: “Stop”. “Stop”. “Stop”. “Stop”. “Stop”. “Stop”. Palmas. “Thank you for coming!”. A métrica ritmica de “Think I need It” é semelhante à canção anterior, mas a melodia corresponde a uma corrente pop quase como uma obesessão compulsiva: “(solo de Sergeant) I need you”. Compasso de espera para sublinhar: “Wherever you are”. “Wherever you need”. “Wherever you are”. “Wherever you need”. A prece em vertigem direcionada para diversos ângulos de visão: “I think I need It too”. A componente “The Diesea” é confiscada pela guitarra eléctrica de Will Sergeant, munida de uma distorção em que as notas musicais são dotadas por arestas que sangram um corpo com pulsão para a auto-combustão. “Diesea”. “TVs”. “Just giving”. “The chance”. “We want”. “Diagnosis”. “Something”. Ian McCulloch: “I like the diesea” , solo minimal de Will Sergeant, pratos e bombo a surgir incidentalmente. “From heaven”, “Don´t waste it”. O corpo pinga e arde: “Life is a diesea”. A densidade sonora de “All that Jazz” é assinalada pelos bombos entre o rock and roll e uma marcha militar com a presença da Rainha Isabel II a ouvir a voz de Liverpool: “Union Jack”, violenta a cuspir as palavras, “barricades”, o baixo é o ponto por onde a música flui e encaminha-a sobre o 2x2 para a esfera: “Why I feel?”. Guitarra sobre a frequência da bateria, “Wispering”.“Killing Moon” é apresentada por Ian McCulloch: “The best song ever writtem!”. Os acordes da guitarra graves de Will Sergeant, seguida pela secção rítmica, conferem à canção uma tragédia concretizada por amor: “Under blue Moon I saw you”. Quando se fundem nuvens escuras surge uma tenebrosa tempestade. “(Solo de Sergeant) Killing time”. O primeiro raio: “Fate”. O trovão: “Given yourself to him”. O baixo mantém a tensão atmosférica num prenúncio: “Kiss me”. Suavemente, poeticamente: “Your lips (solo de Sergeant)”. “Under a Killing Moon I saw you”. E se o futuro: “Will come too soon”. Solo repetitivo de Will Sergeant. “So quietly”. Compasso de espera. A guitarra semi-acustica repete os acordes que congregam a subtileza da tragédia: “Under blue Moon I saw you”. “Beg you”. “(solo de Sergeant) Killing time”. “Fate”. “Up against your will”. “You give yourself to him”. Ah: “Your lips a magic world”. “Fate”. A densidade cromática é a negra mesmo sendo noite de lua cheia. O uivo: “(solo de delay de Will Sergeant) Lalala”. “Fate”. “Through the thick and thin”. “Wait until”. A voz a decrescer: “To him” “To him”. “to him”. “to him”. “to him”.“The Cutter” a guitarra é acompanhada por um sample de sitara: “Who's on the seventh floor?”. “What's in the bottom drawer?”. O ritmo é mecanico: homem versus alma. A alma: “Spare us the cutter”, ecoa num manto perverso, “Spare us the cutter”. Echo and The Bunnymen, emergem e retiram-lhe a vertente claustrofóbica proporcionada por uma overdose de cocaína. “Not just another drop in the ocean”, sitara, “Come to the free for all”. A voz sacra: “Drops in the ocean”, solo semi-distorcido de Will Sergeant. Ian McCulloch abre os braços: “Loss”. “When the dirt is off?”. “Not just another drop in the ocean?”. O corpo dissolve-se na alma: “Am I the happy loss?”. ”Will I still recoil?”. “(Solo minimal de Sergeant) When the skin is lost?”, teclado incidental, aumentam a progressão. Ian McCulloch estende o braço direito e abre a mão: “When the dirt is off?”. Palmas. “Obrigado”, o pulsar do baixo é paralelo à programação, solo eléctrico distorcido de Will Sergeant sobre a guitarra semi-acústica, o baixo sublinha “Over the Wall” com um carimbo suicidário. “Question?”. “But the monkey on my back”. As cores densas são absorvidas por acordes cristalinos, uma falsa esperança: “Over the wall”. “Hand in hand”. “Over the wall”. “Watch us fall”. Solo de Will Sergeant, baixo, “There's something to be said for you”. Blues. “But the slug on my neck”. “OOO”. “OOO”. Aceleram o ritmo, solo de dealay de Will Sergeant. Falado: “I'm walking in the rain”. Cuspido: “To end this misery”. Cantado: “I'm walking in the rain”. Amado: “To celebrate misery”.“What do you say?”, a resposta: “I couldn't hear you”. “AAAA (progressão/solo de delay de Will Sergeant)”. Ritmo tribal: “Out on the road coast to coast”. Will Sergeant insere delays explosivos, psicadélicos, “I can`t sleep at night”. Compasso de espera: “OOOOO”. “How I wish you'd hold me tight”, “Come on and hold me tight!”. Sobre “Nothing Last Forever”, Ian McCulloch é peremptório: “This is one of the best!”. A melodia pop é frágil, citando os Beatles na profunda melancolia. “I want it now”. A utopia: “I need to live in dreams today”, progressão, “And never let you know the way I feel”. A alma: “The love that always gets me on my knees”. Solo pontual de Will Sergeant, “Just trying to, trying to, trying to forget”. “(guitarra semi acustica) Nothing ever lasts forever”.“(guitarra semi acustica)Nothing ever lasts forever”. “(guitarra semi acustica) Nothing ever lasts forever” .“(guitarra semi-acustica) Nothing ever lasts forever.”. O baixo delineia os acordes de “Take a Walk on the Wild Side” de Lou Reed: “Hey! Baby! Take a walk on the wild side”. Ian McCulloch: “TuTUTUTU”. O travesti: “She is a he”. “OOO”. “Take a walk on the wild side”. “Yes she does”. “Nothing ever lasts forever”. “Don`t let me down”. “Come I`m gona take you in my arms”. Solo de Will Sergeant. A ansiedade: “Runing to your love”. Echo and The Bunnymen promovem um ínicio em simultâneo, dramaticamente límpido e assumidamente negro: “Grace on the water”. “Lips like sugar”. “Lips like sugar”. A bateria resguarda-se no 2x2, “to share this moonlight”. Grave: “Lips like sugar”. Grave: “Sugar kisses”. Solo de Will Sergeant. Aguda: “She knows what she knows”. Teatralmente grave: “Sugar kisses”. Breaks + delay repetitivo de Will Sergeant + sintetizador a impregna-la de infantilidade. “OOOOO (bombo)”. “OOOO (bombo)”. “OOOO (bombo)”. Palmas. “My own (eco)”. “My own (eco)”. “My own (eco)”. “My own (eco)”. “OOOOO”. “Yeahyeahyeah”. Solo de Will Sergeant. “OOOO”. Psicadélico-progressivo. "Let me out”. “Let me out”. “Let me out”. Breaks, e dispara o delay de Will Sergeant, desliga-o, palmas, “yeah (eco)”. “Smash”. “You! (eco)”. “You! (eco)”. “Change”. “Promise”. “OOO (eco)”. “OYeayeahyeahyeah”. “Who`s the winner?”. Guitarra de Will Sergeant: “Like sugar”. “Sugar kisses (eco)”. “Sugar Kisses (eco)”.

Echo and The Bunnymen, 30 de Junho, Concertos de Verão—Serra do Pilar @ Vila Nova de Gaia