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PopBlog
terça-feira, 9 de janeiro de 2024
segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
In a Yellow Wood
A “Valsa dos Detectives”
surge no ecrã aquando da gravação do “In Vivo” no Coliseu dos Recreios que
decorreu em 1990, esta introdução não deixa de ser arrebatadora. A partir de
aqui há uma sucessão de canções que são executadas de forma exemplar pelos GNR seja
o “Sub 16” ou “Vídeo Maria” dois clássicos que levam o público, que lota o
Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, a aplaudir e a cantarolar.
“Eu Não Sou Assim” (a nova canção) é entregue com uma angústia que a faz vibrar
de forma negativa e paradoxalmente positiva, Rui Reininho canta como se
estivesse a narrar as diferenças de uma personagem que não encontra na
sociedade um encaixe. E os clássicos sucedem-se “Asas”, “Pronúncia do Norte”, “Popless”,
“Nova Gente”, a primeira é uma balada que é amada pelas rádios, a segunda é um
dos hinos da região norte do nosso país, a terceira de uma mestria pop com a
qual não há equivalência com outras canções pop, e a última de uma ironia
sublime. A versão de Erasmo Carlos e Roberto Carlos “Inferno” ganha ao original
em ritmo pois é mais acelerado e consequentemente a sua pop tropical fica ainda
mais tórrida. A recta final do concerto
inicia-se com a dramaticamente negra “Bellevue”, seguindo para o holocausto de
quem declara “Morte ao Sol” ou a psicadélica “Las Vagas” e ainda a ibérica
“Sangue Oculto” em que o que predomina é o rock. Os GNR não abandonam o palco,
isto é: Toli César Machado e Jorge Romão e Rui Reininho, acompanhados por
Samuel Palitos e Rui Maia, porque entram em cena dois coros mistos Canticus
Camerae e o Grupo David Sousa para abrilhantarem “Mais Vale Nunca” acentuando a
sua vertente pop, “Efectivamente” sublinhando a lírica que une universos
diversos e distintos, “Ana Lee” revelando o seu exotismo pop, “Dunas” que ganha
força na narrativa de canção pop. Os GNR finalizam o primeiro concerto do ano
abraçados ao Mestre e à Mestrina dos respectivos coros sob uma forte dose de palmas
que celebram quarenta e três anos de carreira que de uma forma ou de outra há
um heroísmo neste percurso que nem sempre foi fácil pois a comunicação entre a
banda e o seu público pecou por vezes por defeito.
GNR, 7 de Janeiro, Centro
de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, Figueira da Foz.
domingo, 17 de dezembro de 2023
sábado, 16 de dezembro de 2023
Até Amanhã
A noite no Salão Brazil
em Coimbra é de celebração pois está em causa uma apresentação por três bandas
da coletânea “Coverbilly Psychosis- A Tribute To Tédio Boys”, e essas são por
ordem de entrada em palco: o Peter Suede, Birds Are Indie, Wipeout Beat. O
primeiro é um jovem aspirante à rocker mas faltam-lhe canções que fossem
originais, e não meras cópias de singles de sucesso de outras bandas tão
dispares quanto The Cure ou Guns and Roses, apesar da sua performance e dos
seus comparsas ter sido irrepreensível.
Birds Are Indie demonstram
que são a banda pop de Coimbra, e isto para assinalar a excelência com que
executam as canções tal como a eloquência das melodias que arrebataram inúmeras
consciências, a somar a isto ainda há a inclusão do funk como elemento
predominante que fez abanar algumas ancas.
Wipeout Beat apresentaram
o seu rock oriundo de teclados velhos e gastos dos quais retiram o Kraut, sonicamente
poderosos de tal forma que aparentam que se fundem com os teclados e o Pedro
Antunes com a guitarra, são homens máquina que delegam ao ouvinte a capacidade
da ausência e paradoxalmente da presença, e é nesta interface que se instaura
uma loucura sónica que se espraia e liberta os corpos de grilhões invisíveis.
"Coverbilly Psychosis- A Tribute To Tédio Boys!!!", 16 de Dezembro, Salão Brazil, Coimbra.
domingo, 29 de outubro de 2023
sábado, 28 de outubro de 2023
O Dever De Deslumbrar
Esta noite no Salão Brazil
reúne duas bandas de proveniências distintas, os cabeças de cartaz são da Polónia
e denominam-se de Holy Fanda & Friends e os SO DEADE de Coimbra. As bandas
não poderiam ser mais opostas na sonoridade pois os SO DEAD são assertivos no
post punk mas um post punk em que a agressividade é algo endógena, isto é com a
inserção dos acordes do teclado do Miguel Padilha instituem um psicadelismo que
não permite a deambulação da imaginação antes uma fixação nos objectos e coisas
que nos rodeiam, talvez a agressividade advenha das vocalizações da Sofia
Leonor que ecoam numa urgência desmedida dada a sua frontalidade.
Os segundos deambularam
pelo country entre “Jonny Cash e Hank Williams” como referiu o Holy Fanda, isto
recorrendo obviamente a instrumentos musicais como o banjo o bandolim, tendo um
timbre acústico permite ao ouvinte visitar imaginativamente Nashvile, sendo que
as canções foram tocadas com uma perfeição irrepreensível com direito a solos e
a improvisos, tudo muito bem estruturado. Na última canção subiram ao palco os “friends”
de Coimbra como o Miguel Padilha e o Pedro Antunes dos Wipeout Beat e o Mike dos
5 Punkada, que transmitiram ainda mais risco através do improviso que
colectivamente estavam a debitar.
quinta-feira, 14 de setembro de 2023
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