sábado, 1 de outubro de 2011

Cunt Rock

O Ovni é uma entidade criada por extraterrestres. “This firts song is ´Against the Law`, don`t be scare”. A melodia é um diabo à solta vestido de saia, “crashing my bodie against the wall”, ritmo dois por dois, “I can`t wait no more”, o tempo é escasso, Bunny Lake: “Upside down”, “of life”, “out of control”, “against the law”, a tragédia cantada por um arcanjo de negro: “The way I feel about love”, o solo da guitarra contém o resumo da melodia e a partir do qual o ritmo acelera, “your kind of life”. A “ghost of the past”. “This next song is ´Rebound`”, soneto discreto quase infantil, esquartejado pelo ritmo marcial, golpe de Estado num país desértico, com a voz de Bunny Lake a encarnar as tágides fatais imersas em lavas negras que escondem as digitais, solo semi-distorcido, “I `m falling in your life”, a fatalidade: “I can`t stop this rebound”. Palmas. “Obrigada! This next song is about”, Bunny Lake despe o casaco que escondia uma t-shirt negra de alças que a cobre até as ancas, entre as quais consta uns hot pants de lantejoula, sobre o peito a branco está a inscrição: “I`m a Cunt”. E a partir daqui o diabo abandonou a floresta onde inverna e se diverte a devorar o seu semelhante, escravo da morte. “I don`t now wich words to use”, o eterno problema “you talk too much”, com o combo de guitarras e da bateria e do baixo a predestinar a canção na estética pop-billy, é relevante o solo de Torpedo em diagonal, “I don`t now the words to use”, surf-billy, “scape”. “Playing with the Devil”, ritmo dos bombos ecoa como uma bomba pronta a explodir no rosto dos presentes in States, Coimbra, está calor. A bateria de Kalo expulsa o diabo da pop para dentro de uma massa libidinosa, rock and roll. Bunny Lake levanta os braços acima da cintura, move-os paralelamente e simetricamente como uma boneca alimentada a luz lunar, as luzes multiplicam-na como um arco-íris filtrado por um diamante, o psicadelismo surge como figura de estilo, as responsáveis são as guitarras a disparar acordes paralelamente. “This next song is call ´One Way`”, a bateria carrega com o seu pendor hair heavy metal, as guitarras em suspensão, “Their`s one way to get me”, a percepção da saudade pertencente à não-inscrição: “You have to kill your sadness”, “around my soul”, há um feedback que se mantém estático no ar, “tender”, dois por dois, pausa, o feedback prolonga-se estaticamente a dominar a canção para a dinamizar, “heart to folow, I `ll reach your sorrow”, “please stay”, “please”. Tiguana Bibles atiram-se à canção tais cães de crómio, “everything is going to be allwright”, a bateria é de um potencia animalesca, rock, solo, bateria, voz: solos das guitarras em paralelo, “I”, bateria, solos, “all the time”, “please stay”, as guitarras carregam na velocidade, “I want”. Ovação. Slow, tremelim de fantasia, o refrão: “Meu amorr”, “don`t tell me how do I feel”, “meu amor”, “I`m swimming in your see”, a sua voz substitui o tremelim electrónico: “OOOOOOO”, as guitarras libertam-na do sofrimento, “loving you”, falseto: “OOOOO”. “Thank you Jimmy, who bring me roses! Before the concert! I never get flowers in this country! I didn`t even now if there is flowers in this country! I now you have spiders! But flowers! Thank you very much Jimmy!”. “Let´s make a deal put me out of misery”, “you have to find my angel”, as raízes do rock billy sobressaem na carne dos Tiguana Bibles, como uma serpente daninha, solo encarregado por Victor Torpedo, “now the stars are falling, I want to kiss you darling”, impregnado peloo tremelim electro do músico com o cabelo a encobrir-lhe o rosto, Agusto Cardoso de seu nome, e o baixo do Pedro Serra, sobressai. Bunny Lake, dança ao som da sua banda de bandidos encobridos pela noite, os acordes de Torpedo ocupam o espaço deixado vago pelo baixo: “Break the wall”, o refrão é magnânime: “We are explosions”, levanta os braços cobertos por luvas negras. A marcha fúnebre que se segue, “is about”, “I`m so happy to be”, “I want to be alone”, “from me and my house”, o dois por dois é tão lento, sobre o qual a banda equaciona uma progressão decadente. “My bass player wish he was a lady”, a ironia da musa. A abteria de Kalo dá o seu pulsar violento, guitarras, solo, “close your eyes”, speed-billy, “you can see”, “I`m special”, “soul”, guitarras paralelas, “inside my soul”, solo-Torpedo, solo da guitarra de Augusto Cardoso. Bunny Lake abandona o palco, dança, e canta junto ao público despe os saltos altos, “soul”, “come inside my soul” sobe à missula: “Love come inside my soul”. Dispara sobre Torpedo: “This guy plays the guitar and party! One more new, we like to experiment in people we trust”. A lírica: “I want to tell you, you are crazy to cry”, o vómito: “I`m sick of the world”, “of gold”, a bacteria corrosiva é a bateria que arrebenta como artilharia pesada, a intromissão do teclado fantasma adensa a melodia oferecendo-lhe a metáfora retro, “I`m gona to tell you”, o vómito: “I`m sick of the world”, “soul”, o ritmo aumenta, assim como a altura, “crazy”, teclado-baixo-bateria submergem a canção na enunciação. A confissão: “Just to see I was very scare for today. This is our last song”. “Surrender”, é apresentado através de um paladar épico, dramático: Bunny Lake de joelhos: “You push your hands”, “surrender”, bateria, “in you lips”, esquizofrenia, “surrender”, é o cunt rock fílmico, alteram o ritmo, “heart”, o teclado é o agente secreto, “heart”, “from your heart”.

In Loving Memory Of…, Tiguana Bibles, 29 de Setembro, States @ Coimbra