Bateria possante, seguida por um tremelim, “Olá Lisboa!!! Como estão?”, é a voz de Bruce Springsten, com colete e calças pretos, no pulso direito uma pulseira de cabedal preta. Surgem os acordes da guitarra; a banda é composta por duas guitarras, baixo, violino, secção de metais e coros, hamond. Ouvem-se chicotes a estalar sob a canção: “I've been knockin' on the door that holds the throne”, “hearts (agudo)”, “turn to stone”. O refrão: “We take care of our own” é uma declaração de independencia para com a América que prostituiu a democracia ao capitalismo. “Common”, os chicotes agridem-nos: “Super Bowl”, “Stay at home”, a América é uma prisão: “We take care of our own”, surge a progressão circular dos acordes do refrão, o pulsar é de Rock and Roll: “UUUUUU”, “UUUUUU”, “UUUUU”, “UUUUUUUU”. A bateria desfere o bater da certeza: “We take care of our own”, “the eyes”, “mercy”, bombo, “the Throne”, hamond sobre a massa sonora dos outros instrumentos. “We take care of our own”, “stone”, aumentam o ritmo e a altura: “EIEIEIEI”, “EIEIEIEI”. “Olá Lisboa”. Guitarra eléctrica e voz: “I was raise in New Jersey”, “some years ago”, “come and go”, “Recking ball”, “Recking ball”, violin e a confisão: “Now my home”, “split”, é Rock and Roll: “The Giants play the game”, e chama a banda para a boca de cena do Palco Mundo, do Rock in Rio Lisboa. “Cause tonight”, vão voar “Reckering Ball (bombo)”, “Reckering Ball (bombo)”, “Reckering Ball (bombo)”, o ritmo aumenta e os metais emergem para aligeirar o ambiente eléctrico entre o público e o Boss. “Here”: “So”, “hold tight”, “tight”, a poética bélica: “Don`t fall into your sleep”, solo do violino. Uma voz feminia secundária: “Beauty is being giving to them”; o baixo remeta-a para o blues que circula à volta da soul: “Glorious”, “Wind”, “Heart”, a punhalada: “Hard Times Go, Hard Times Go”, “Reckering Ball”, “Reckering Ball”, bateria + baixo, coro: “Reckering Ball”. “1-2-3-4”. Coro: “AAAAAA”, “AAAAAAA”, os dois por dois desferidos pela bateria parecem multiplos de Rock and Roll, que os restantes musicos perseguem e respondem continuamente. Coro: “AAA”. Coro: “OOO”. Bruce Springsteen: “Reckering Ball” e os metais respiram agudamente. “1-2”, o piano marca a canção com um manto funebre, ou será o serpentear do descapotavel em que seguiram Jackie Kennedy e John Friztgerald Kennedy em Dallas? Intervenção: da E Street Band. Bruce Springsteen: “Smashing”, “Cross Fire”, “I don`t give a damn”, “soul”, “dream”. O desejo: “You wake up in the morning and we feel so real”. A prece: “You have to belive”, “winds”, as guitarras descarregam a sua eléctricidade comedida, que é circulada pelo exterior pelo orgão funebre. A lírica é a sua esperança: “I belive in the Hope”. A violencia: “But you have to leave everyday”, solo de Bruce Sprinsteen, curto e agudissimo e entrecortado, recebe resposta do Sax do sobrinho do malogrado Clarence Clemons. “OOOOOO”. Bateria: 2x2, os instrunentos no Palco Mundo são na sua maioria acusticos, remetem para a rebeldia das canções irlandesas, profundamente constestatárias: “Death of Old Town”, o violino é profundamente agelical e associado aos metais é uma granada a explodir no interior de um corpo em movimento, elevam a canção da rua para a igreja católica. “Night”, “singing death to Old Town”, “boy”, “When it come”, “rising sun”, a bateria insurge-se guerreira e heroica, contra o “Sunday Blody Sunday”, “straight to Hell”. Bruce Springsteen acentua no portugues: “FÉI”, os músicos marcham em palco contra o massacre ocorrido em Derry na Irlanda do Norte. Datado: 1972. Os metais anunciam “My City in Ruins” e o coro: fantasmagoricamente: “UUUUUUUU”. O baixo proporciona a introspecção. “Olá Lisboa! Como estão? Esta musica é sobre coisas que vão e coisas que ficam para sempre”. “It´s a red bloody soccer”, “The rain is falling down”. O hamond estirpa-a: “Congregations are gone”, metais levantam uma nuvem densa mas simultaneamente libertadora. O refrão é derrotista: “My City is in Ruins”. A resposta: “UUUUUUU”. Bruce Springsteen: “Empty Streets”. A repetida constatação revela o êxodo rural do sul da América, tingida por campos de algodão: “My City is in Ruins”, metais agudos, “My City is in Ruins”, metais agudos. O imperativo: “Common rise with Us”. Coro: “Right”. Solo da trompete de varas. Solo em surdina da trompete. Solo do saxofone. Coro: “UUUU”. Pergunta à: E. Street Band: “How is in the House”. Dirige-se à multidão: “How is the house tonight?”. “Where`s my baby?” Onde? “She is in”. “Onde está Patti? Em casa com as crianças”. Hammond pulsa a negritude neo soul, “I Want to Know”. A questão é por si um enigma: “Can you feel the Spirit?”, “Can you feel the Spirit?”. Ilude o público através do seu coro: “Say eyeyeyey”. Público: “Yeyeyeye”. “E. Street Band made miles to come here to Lisbon to a mission: To give you the Power of the Sexual Orgasm. Within the Power of Rock and Roll. Can you feel the Spirit?” . Coro: “Yeyeye”. O ritmo é sustenido, os metais borrifam-o com a porção soul. Bruce Springsteen senta-se como um missionário desgastado de viagens: “Mission”, 2x2, a guitarra e o baixo polvinham-a com blues e insurgem-se os metais: “Plash”, “take”, “take you”, “Spriti of the Night”. O coro promete uma miragem: “All Night”, metais altos, “With a crazy Cat”, “feel? (em estado de transe, entre a autopunição e a demencia selectiva)”, “feel? (e os metais inserem um sopro sedutor)”. “Sprit of the Night” . Coro falso e velhaco: “All Night”. Desloca-se para o interior dos fossos que separam a multidão do Palco Mundo no Rock in Rio Lisboa, toca-lhes nas mãos, histéria. Solo do saxofone. Sobe ao Palco Mundo. Coro: “OOOOOO All Night”, palmas dos músicos, “dancing in the Moonlight”. Reflecte através da palavra falada: “Really hurts”. “Making Love (voz grave presa na garganta)”. “Jeany sais: Hey little brother is time to go”. Bruce Springsteen ergue a voz: “All night”. Coro: “All night”. Voz: “All night”. Coro: “All night”, metais em altura, “Sprit”, “Can you Feel?”. Coro: “Yeayeayea”, o solo do saxofone perfura o ritmo regressivo da E. Street Band. O piano insere os acordes poupularizados por Pati Smith,. “Take me Now babe”. A rotina: “I Work all day”, “Comes (a E. Street Band insurge-se e sublinha o verbo)”. “Hands”. “Never”. “Know”, a utopia lirica: “Because the night belong to the lovers”, a intimidade cantada através dos graves: “Belong to Us”. Voz + piano e baixo, encaixam-se os restantes instrumentos, a prece de joelhos perante o amor da sua vida: “Common try to understand the way I feel”. “Because the magic belong to us”. “Because the night belong to lovers”, solo eléctrico da guitarra de Bruce Springsteen, “take” . A frase melodica do piano introduz o clorofórmio: “Because the night belong to lovers”. “Because the night belong to us”. Solo do guitarrista magro, veste casaco e boina pretos, sobe e desce a escala repetidamente, enquanto desfere o solo comprido e sustenido, desloca-se para lá dos monitores do palco, eleva a guitarra e sustém a nota continuamente, como um raio de luz que deriva de uma lâmina manchada com sangue. Dirige-se de costas para o público, em direcção à E. Street Band, e rodopia e as notas rodopiam, um exercicio para revelar sinestésicos de tão brutalmente perfeito. “1-2-3-4”. Impera a métrica do Wall of Sound, solo do guitarrista de boina preta, à direita de Bruce Springsteen que desfere um solo que perfura a Wall of Sound. “Close your eyes”. A E. Street Band recoloca-a numa transfução entre o pop-rock, “surrender”, “cold”, “Win”, teclado, “No Surrender”. Surge um coro de mulher fantasma que percorre o diálogo entre: Bruce Sprignsteen: “Lailailailai” e Steven Van Zantd: “Lailailai”. Bruce Sprignsteen: “Lailailailai”. Steven Van Zantd: “Lailailai”. A E. Street Band diminui o ritmo e faz uma pausa, “sreet”, guitarra, “room”, “War”, “The street beneath the sky”, “eye”. Bruce Springsteen: manda a E. Street Band acompanha-lo na boca de cena do palco: “Common”, metais, “Surrender”. Instala-se uma pigmentação soul/pop: “Street, baby surrender”. Coro feminino: “AAAAAAAA”. A E. Street Band marca a progressão: Coro feminino: “AAAAAAA”. Bruce Springsteen desloca-se ao fosso e retira do público um cartaz com a inscrição: “She`s the One”. O orgão impõe-se através de um agudo metálico sustenido, percursão, a percorrer a canção que abre o coração de Bruce Springsteen: “I smile”, “Starring at the door with my bike”, “stone”, “fun”, “rising sun”. “OOO (break da bateria) OOOO She`s the one, yeah”. A bateria institui um ritmo marcial, “In your heart”, “never going to live other”, a incerteza que o compromete com a mortalidade: (progressão ritmica e melodica) “But tonight”, “all behind”. “OOOOO She`s the one”. Voz fortemente grave: “ONEEEEEEE”, aceleram a progressão, “yeahyeahyeahyeah”, solo continuo do sax, “OOOOO She was”, solo continuo do sax, “OOOOO She was”, solo continuo do sax. Bruce Springsteen retira do colete uma harmonica, sopra sobre a grelha e surge o derradeiro sopro de vida do homem abandonado pela mulher que personicava a América. Springsteen desloca-se ao fosso e retira do público um cartaz com a inscrição: “I`m on Fire”, a bateria e o teclado enrolam-se tepidamente, “Hey litle sister your dady is in home?”. A insinuação mascarada de pergunta: “Tell me little baby he`s good to you?”. O ciúme: “you, I call my desire”. Bruce Springsteen: “OOOOO”. Público: “OOOOOO”. Bruce Springsteen: “I`m on fire”, “EEIEOOOOOOO”, mistura-se com o piano que a adorna com um negrume sob um ritmo eterno. Bateria, Bruce dá-lhe a voz: a “Shackled and Drawn”, “OOOO”. Resposta da multidão: “OOOO”. Bruce Springsteen: “OOOO”. Público: “OOOO”. Bruce Springsteen: “OOOO”. Público: “OOOO”. Bruce Springsteen: “OOAA”. A explosão de um peito cravejado de balas: “Wrong”. A E. Strret Band entre a Soul e o Rock and Roll, “carring on”, “Shackled”, os metais sublinham o seu carácter Soul com um travo de sangue em cada nota, cantada pelos escravos nos campos de algodão ou pelos negros no Bronx? A escravatura é transversal às duas. “Dark”, coro: “Carrying on”, os metais soul, seguidos pelo Hammond. Coro profundamente modelado e comprometido com uma entidade Superior: “OOOOO”. Bruce Springsteen: “Keep singing”, metais, hammond. Coro: “OOO”. Bruce Springsteen: “Put down”. Coro: “Carrying on”. Bruce Springsteen: “Keep singing!” e desloca-se para o fosso, os metais respondem-lhe:, “Common sing!”, “Common now sing it!” . Coro feminino: “AAAA”. E a peste é expurguida pelos metais. As guitarras acusticas dominam o timbre, sobre um ritmo espaçado: “Waitin`on a Sunny Day”, é um raio de luz dividido pelas nuvens supensas no céu. Público: “OOOO”. Bruce Springsteen: “1-2-3”. “It`s raining”, “in the sky”, “be OK”, “falling”, “Don´t you worry”. Bruce Springsteen: “I`m waiting on a sunny day”, sobem uma oitava, e Bruce tem à sua frente uma criança que canta a esperança: “I`m waiting on a sunny day”. “Common E. Street Band”, aumentam a altura e a voz de Bruce “I´m waiting on a sunny day” é paralela ao saxofone. Bruce munece da harmonica, e sob o foco de luz branca acentua a sua solidão perante Deus, guitarra, os ecrãns mostram um rosto comprometido com uma peregrinação perpétua. “She was only seventeen”, bateria marca o ritmo da corrente: “We go down to the river”. Casamento: “We went down to the Church House”. A sentença: “Down to the river”. A harmonica é a espada de Damocles a serpentear como uma cascavel sobre a areia de Mojave. “They must join us in the air”, os bombos da bateria injectam-lhe vida: “She don`t care”, “Came true”. Grave: “Down to the river”, “Down to the river my baby”. “We go down to the river”. Falseto: “OOOOO”. Desce: “OOOOO”, encerrada pelo murmurar da harmónica. “1-2-3-4”, o teclado insere notas circulares, sobre o qual a voz flutua e ecoa: “My oh my”. A bateria é o reflexo do refrão: “Common up to the Rising”, “rising”, “Common up for the rising”, “Lalalallalalla”. Coro: “Lalalalallala”, solo da guitarra eléctrica de Bruce Springsteen, “Stand before you”. Bruce Springsteen: “Lalallalallalla”. Coro: “Lalalalallal”. Vem ao de cima os acordes circulares do teclado: “Onethounds suns”, “pictures of children”, “mixed with mine”, “Sky”, coro: “UUUUUUU”. “Sky of Mercy, sky of Fear”. A E. Street Band antes que Bruce Springsteen cante: “Common up for the rising sun”, desfere uma onda sonora que transforma o refrão num hino. “Lalalalalalalaala”. “1-2-3”, vilolino de uma mulher duplicado da Pati. “Everything I mean”, “touch”, “But I give a damn, I Know to much”, violento dois por dois da bateria, “Shall pass”, “Lonesome Day”, “Lonesome Day”, “It`s allwright”. Coro: “YeahYehaYeah”. Bruce Springsteen: “It`s allwright” a esperança é continuada pela épica secção de metais, a segunda voz em palco do Boss. Guitarras acústicas, sobre as quais discursa: “All the hard times in Améria. People lost jobs, houses, life changed forever. I try to come up with a end. Theirs no end! History? I realize I need to rewrite a ghost history”. O local: “Graveyards at night”, “and are you listening?”. A lua cheia: “Silver night”, “Down bellow”, “fire”, “Cold grave stones”, “This is the song they sing: ´Long here in the dark`”, a E. Street Band mimetiza acordes country (ritmo)-pop (melodia)- Soul (alma). Cantam as guitarras e a voz grave: “Alone in the grave. Voices call me.”. Bruce Springsteen: “Hey”. Público: “Hey”. Bruce Springsteen: “Hey”. Público: “Hey”. Bruce Springsteen: “Hey”. Público: “Hey”. Ovação. “This one is for old fans. Teve muitas saudades minhas?”. A palavra negra sobre o piano: “As radio plays”. A resistência: “Don`t turn me on again”. O desespero: “I can`t face myself in the mirror”. A fuga manchada com desespero: “Hey, It´s all right with me”, o baixo injecta-lhe um balanço transversal, “in the rain”, orgão, “window”. O refrão é: “OOOO take my hand”, “OOOOO”, “OOOOO find the lover”, “We can make it if we run”, solo de guitarra, “The door is open”. “We`ll be free”. “Screaming every night”. “Before dark, you hear the engines?”. “It`s the town for loosers”. A bateria é o pulsar de uma nova América, e orgão insere as notas circulares e serpenteantes de groove de puro Rock and Roll e as guitarras acusticas adocicam-a, comandada pela eléctricidade de Bruce Springsteen. “Born in The USA”, “I was born in the USA”, “come back home”, “Wheelman”, para o público: “You don`t understand”. Público: “I Was born in the USA”. “I Was born in the USA”, “I Was born in the USA”. Bruce Spingsteen: “I had a brother how fought in Vietnam” . A recordação naturalista: “I got the picture”, breaks da bateria, orgão delineia os acordes do refrão, “four years down the road”, “you know?”. “I was born in the USA”, “I Was born in the USA”, os metais dão o sopro de um país ainda por se cumprir, e que ergue a bandeira da liberdade manchada de sangue. “I`m cool”. “I`m cool”. “I`m cool”. “YEYEYE”. “Lisboa”. “1-2-3”. “Wheel”. “Suicide Machine”. Bruce Springsteen: “OOOO”. Público: “OOOOO”. Bruce Springsteen: “Suicide”, “baby with wheels”, “Born to Run”, os metais, “I want to be your friend”, o teclado suporta a lírica com a métrica entre o cantado e o falado: “your eyes cross mine”. Público: “OOOO”. Bruce Springsteen: “OOOO”. “Feel”, “I want to Know”, metais mais teclado, e o saxofone percorre a melodia por dentro com uma nota inferior, “scream”, a E. Sreet Band enceta a progressão. “Lisboa! Lisboa! Lisboa!”. Rock and Roll com uma melodia pop de tal forma grandiosa que é libertadora, e o ritmo tenso do batuque do prato choque e o orgão fazem-na flutuar: “I had a big friend”, “Big bass player”. E a celebração: “Make love like a fool”, contínua: “had fun”. O refrão libertário: “Glory Days”, “Glory Days”. A paixão: “A girl lives on the block”. A repressão que a voz grave rasga em cada vogal: “Talk about the old man”, ah “Glory Days”, a multidão berra e acompanha o ritmo profundamente binário que transgride o Rock and Roll. O desafio de Bruce Springsteem: “Common Steven”, solo do Boss: “Teens sleep all day”, a multidão canta com o Boss: “Glory Days”, “Common”. Público: “All right”. Bruce Sprignsteen: “All right”, “YEYEYE”. Bruce Springsteen: “OOO”. Público: “OOO”. Bruce Springsteen: “OOO”. Público: “OOO”. Bruce Springsteen: “OOO”. Público: “OOO”. “Common Steven!”, o choque da bateria e os metais delineiam “Glory Days”, sem rastos de cinzas do 11 de Setembro, “All rigth”, “OH! Fear!”. Poesia violentamente épica com uma luminosidade popular que transmite a América como a terra da fortuna e sem violencia e imune a tiroteios em Secundárias e nas Universidades. Bruce Springsteen desloca-se para fora do palco e no gradeamento retira um cartaz com a inscrição: “Hungry Heart”. Sobe ao palco e exibe o seu coração americano: levanta os braços: e grita: “1-2-3”. “Everybody has a hungry heart”. Público: “That`s good”. Bruce Springsteen: “COMMON!”. E. Steet Band num ritmo binário “h-e-a-r-t”, “Everybody needs a place to rest”. Coro: “OOOOOOO”. “COMMON” . “Everybody has a hungry heart”, cantado em uníssono por Portugal, “now”, “common now”, “common now”. Solo do saxofone. “One More: 1-2-3”. “Dancing in the dark”, os metais sublinham as notas épicas de “dancing in the Dark”, “the evening got nothing to say”, “can start”, “baby” , “I can start a fire”, “higher”, “Dancing in the Dark”. “I want to change my journey”. “Can´t stop the fireeeee”. “Daancing in the Dark”, “get older” as palmas de Bruce Springsteen repercurtem-se na multidão e a E. Street Band aumenta a progressão em altura: “Hungry”, “We can`t stop the fire”, “higher”, “Dancing in the Dark”, os metais transmitem as ondas sonoras do refrão, desconstruido pelo solo do saxofone. O Boss recebe em palco duas mulheres que o abaçam apertadamente, ele ri e é beijado. “Baby!”, e a da E. Street Band sobressai o saxofone. Bruce Springsteen deita-se na boca de cena, gestuliza: “No more songs”, está cansado, estoirado. Litle Steven, surge com uma esponja amarela da qual cai um jorro de àgua benta sobre rosto do Boss: Levanta-se e atira a guitarra pelo ar a um roadie. “One More”. Teclado mais metais, guitarras eléctricas sobre estes: “1-2-3”. Bruce Springsteen deitado sob o seu microfone na boca do Palco Mundo, “in the school searche for his group”, voz grave: “Back”. Coro: “Preacher”. Pausa. A voz eterna suave e grave e doentia e perversa e moralista: a personagem: Bruce Springsteen congrega a iluminação branca: “The day big man join the Band” e surge nos ecrãs dispostos lateralmente ao palco, imagens do saxofonista Clarence Williams. Bruce Springsteen, aponta o microfone sobre a plateia, que lhe responde num silêncio vacular. Quando estoira o fogo de artifico Bruce Springsteen não cede o espectáculo a essa arte efémera e convoca a E. Street Band para se insurgirem contra o invasor pirotécnico: “Twist and Shout”.
Reckering Ball, Bruce Springsteen and The E. Street Band, 3 de Junho, Rock in Rio Lisboa @ Lisboa
segunda-feira, 4 de junho de 2012
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